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Alberto José Sampaio


Alberto José de Sampaio nasceu em Campos, município localizado na região norte do Estado do Rio de Janeiro, em janeiro de 1881. Faleceu em sua cidade natal no dia 30 de dezembro de 1946. Em 1903, foi morar na cidade do Rio de Janeiro, formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e posteriormente especializou-se em Homeopatia pela Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano, atualmente Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade do Rio de Janeiro. Em 1904, ao prestar concurso para o cargo de Assistente da Seção de Botânica classificou-se em primeiro lugar, foi nomeado e iniciou sua carreira de naturalista passando a se dedicar a Fitologia, iniciando sua especialização em Botânica Sistemática. A princípio dedicou-se às Orquidáceas, que possibilitou a ele, em 1909, classificar uma nova espécie resultando no seu primeiro artigo publicado: “Uma Orchidacea nova: Restrepia dusenii A. Samp. n. sp”. Depois passou a estudar as famílias das Filicíneas (Pteridófitas), formando um herbário para o museu, e mais tarde estudou as Lauráceas, classificando duas espécies. Posteriormente tratou do gênero Coffea, das Rubiáceas, e especializou-se profundamente em Bignoniáceas, sistematizando muitas espécies novas da flora brasileira, a Seção de Botânica do Museu Nacional possui inúmeras amostras de espécies classificadas por Sampaio.

 

A partir de 1912, tornou-se professor e chefe da Seção de Botânica, viajou com a expedição do Marechal Rondon em 1916, ao Estado do Mato Grosso e posteriormente publicou um estudo no qual analisou diversos trabalhos realizados por pesquisadores nacionais e estrangeiros sobre aquele estado, o que lhe possibilitou fazer um mapeamento de alguns componentes da flora local, inclusive algas e fungos, aumentando a partir daí o seu interesse em elaborar uma classificação fitogeográfica das diversas regiões do país. Seu nome foi usado para a criação do binômio latino que caracteriza a nomenclatura das espécies como o de uma espécie de escorpião (Tytyus sampaiocrulsi, conferido por homenagem de Mello Leitão) e algumas espécies vegetais (Dahlbergia sampaioana e Lavoisieira sampaioana conferidos respectivamente por homenagens de Geraldo Kuhlmann e Frederico Carlos Hoehne, e Melo Barreto), homenagens que indicam sua posição de destaque no meio científico e a admiração de seus contemporâneos. Outro fato que merece destaque nas obras de Alberto Sampaio é o tratamento prioritário dado a educação.

 

Em 1928, Sampaio foi o botânico escolhido novamente para fazer parte da equipe de outra expedição do Marechal Rondon a Serra Tumuc-Humuc, resultando na publicação do artigo “A flora do rio Cuminá (E. do Pará - Brasil). Resultados botânicos da Expedição Rondon a Serra Tumuc-Humac em 1928”, foi professor contratado de Botânica da Escola de Ciências da Universidade do Distrito Federal (1935-1937); membro da Academia Brasileira de Ciências e secretário geral no biênio 1933-1935, vice-presidente no biênio 1939-1941, membro da Comissão Organizadora da Exposição Nacional de Horticultura do Rio de Janeiro, em 1929; diretor técnico florestal da Prefeitura do Distrito Federal, membro e consultor técnico do Conselho Nacional de Geografia; sócio da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e da Sociedade Nacional de Agricultura; membro efetivo e honorário da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos, sócio do Instituto Histórico de Ouro Preto; como membro representante do Museu Nacional, assumiu a vice-presidência do Conselho Florestal Federal, participando ativamente das suas deliberações, inclusive da comissão incumbida de elaborar uma legislação de proteção aos recursos naturais brasileiros, foi professor interino de Botânica Geral e Sistemática na Escola de Medicina do Instituto de Ciências da Universidade do Distrito Federal, entre 1935-1937; em 1937, passou a exercer o cargo de naturalista no Museu Nacional e aposentou-se no ano de 1941.

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