
Nasceu em Campos, no ano de 1886, cidade onde fez seus cursos primários e o curso de preparatórios, no Liceu de Humanidades de Campos. Frequentava o segundo ano da Escola de Direito de Niterói, quando, na flor da mocidade, a morte o envolveu em suas garras, no ano de 1907. A publicação de um livro de versos, o seu maior sonho, não pôde realizar.
Deixou muitos versos cuidadosamente bem feitos, espalhados em vários jornais e revistas da época. Encontramos seus versos no jornal periódico "O Ideal" dos anos de 1902 e 1903, e nas colunas da revista A Aurora" dos anos de 1904, 05 e 06.
J.G.de Araújo Jorge, saudoso poeta, em uma crônica publicada em 1944, sobre Flamínio Caldas, diz: "Nesta crônica desejo no entanto falar apenas de um poeta do passado, desconhecido do Brasil, sem livros publicados à espera que os campistas tornem público o seu livro inédito: Iluminuras. Trata-se de Flamínio Caldas, É um outro Álvares de Azevedo, morto com apenas 20 anos, antes mesmo de atingir a sua maioridade legal. Como Casimiro de Abreu, Azevedo Cruz, também fluminenses, morreu tuberculoso, quando cursava o segundo ano de Direito em Niterói. Na véspera de morrer, informou-me sua irmã, Dona Dinar Caldas Viana Riscado, residente em Campos pediu aos pais que não publicasse “Iluminuras”, pois não tivera tempo de rever todas as poesias.
“Flamínio Caldas, cujo nome parece querer dizer - feito de flamas - consumiu-se cedo numa labareda de luz viva e intensa”.
Ainda em Campos, antes de seguir para a Faculdade de Direito de Niterói, Flamínio já se firmava como grande e autêntico poeta. Apareceu em público pelas colunas da revista 'A Aurora", onde estampou versos de uma suave beleza, versos que deixavam antever um futuro de grande cultor da arte excelsa da rima.
Trecho de um vibrante artigo de seu amigo Anfilóquio de Lima à sua imorredoura memória: "Morto Flamínio Caldas! Em pelo vigor da mocidade, na primavera da vida, na quadra azul e fogueira dos sonhos! Baixou à tranqüilidade soturna e misteriosa do túmulo, quando tentava a escalada sublime da Glória, vibrando sempre o mágico instrumento!"
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).