Nasceu em 1861 na cidade do Rio de Janeiro, mas viveu em Campos dos Goytacazes para oferecer o melhor da sua cultura, exercendo grande influência no nosso pensamento, como jornalista, homem de letras e intelectual.
Foi conhecido por dois nomes, e para complicar ainda mais Múcio da Paixão o chamou em sua obra, “Movimento Literário em Campos”, de outro nome Vamos chamá-lo apenas de João Barreto, nome pelo qual se tornou inconfundível. Ele fez seus estudos primários na sua cidade natal (Rio de Janeiro) e estudou humanidades em Petrópolis, e antes de haver concluído o seu curso, para ser bacharel ou doutor, veio a Campos onde se achava a sua família, com o fim de gozar do período de férias, e por aqui ficou, interrompendo seus estudos.
Múcio da Paixão, em seu conhecido livro, dedicou 10 páginas sobre João Barreto, diz: "Em Campos dedicando-se inteiramente às lides da imprensa, João Barreto não começou pela aprendizagem da revisão e se do noticiário, como sucede geralmente a quantos se intoxicam com as tintas da venenosa profissão - surgiu logo armado cavaleiro, arrastando vitoriosas esporas de ouro, como redator da Gazeta da Noite, aparecida na nossa cidade em maio de 1879. Foi redator depois do Jornal da Provincia. Em 1880, fundou Gazeta da Manhã e pouco depois a Gazeta da Tarde, publicações que tiveram uma breve existência. Ainda em Campos, colaborou com vários outros jornais. Retirando-se para Niterói, para assumir um lugar no funcionalismo público, João Barreto, um apaixonado pelo jornalismo, fundou um diário intitulado A Imprensa, de que foi redator principal.
Em 1886, publicou de parceira com João Alvarenga - Almanaque Popular - até hoje muito usado pelos pesquisadores da história de Campos.
Em 1920, publicou “Annuario Campista”.
Ainda seu biógrafo Múcio da Paixão: "Os derradeiros tempos de sua vida - trabalhados por insidiosa e crônica enfermidade -, João Barreto os passou repartidamente entre Niterói e Campos, cidade que ele amava seu berço natal, e onde pensava exalar o seu último alento, conforme desejos que manifestou muitas vezes aos seus íntimos.”
Faleceu no ano de 1923.
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).