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Osório Manoel Peixoto da Silva


Nasceu em Campos, em 07 de março de 1931, e faleceu, em 10 de junho de 2006, em Cachoeiro do Itapemirim (ES), onde estava residindo. Filho de Manoel Barbosa da Silva  e Maria das Dores Barbosa. Cursou as primeiras letras, não chegando a fazer cursos superiores. Já aos 16 anos trabalhava no jornal “A Notícia”, passando por outros jornais, tais como: “A Cidade”, “Monitor  Campista”, “Correio de Campos”, “O Dia” e jornais de São João da Barra. Aos 20 anos foi para o Rio, iniciando-se na “Imprensa Popular”, jornal de esquerda, perseguido pela polícia. Foi para a “Última Hora”, de Bocayuva Cunha, que revolucionara o jornalismo. Ali, foi autor do “furo” (um passageiro do trem da Leopoldina, viajando de Vitória para o Rio comeu um filé de carne bovina e passou a falar fino e virou bicha, de onde a polêmica sobre engorda de boi com hormônio feminino) que originou muitas piadas de âmbito nacional e inspirou a marcha carnavalesca “Boi da Cara Preta” (coitado do Waldemar, tá dando o que falar. Comeu carne de boi falou fino e deu pra se rebolar).

 

Mais tarde foi correspondente de “O Globo”, noticiando a descoberta de petróleo na bacia de Campos, que repercutiu internacionalmente.

 

Depois de quase 30 anos de jornalismo profissional, inventou de escrever, iniciando-se na literatura de Cordel, que inovou, intercalando prosa e verso.  Poeta, cordelista, romancista, historiador. Sua preferência é o verso livre, repassado de ternura e preocupação social, um tanto ativista e contestadora, denunciando suas origens.

 

Em 1994, recebeu o prêmio “Jose Marti”, da Casa Cuba-Brasil, pelo conjunto da obra literária; em 1996 recebeu em Campos, também pelo conjunto da obra, juntamente com José Cândido de Carvalho e Hervé Salgado Rodrigues, o prêmio “Alberto Ribeiro Lamego”.

 

Foi tido como o escritor-proletário, não só pelo fato de ter sido militante do socialismo, mas pelo fato de editar seus livros com grande dificuldade — pelo menos em relação aos cordéis — saía ele mesmo pelas ruas vendendo seus escritos.

 

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