Nasceu em Campos, a 30 de agosto de 1858. Fez seus estudos primários em Campos. Em 1871, partiu para o Rio de Janeiro e ali frequentou o internato do Colégio Pedro II.
Em 1876, voltava de novo ao Rio e matriculava-se na Faculdade de Medicina, por não poder partir para São Paulo. Por essa ocasião, fundava o Amigo do Povo e depois a República, dois valentes órgãos republicanos.
Deixa o Rio de Janeiro, vai para São Paulo e naquela capital, matricula-se na Faculdade de Direito Uma vez formado advogado, Pedro Tavares veio para a sua terra natal, onde abriu banca e constituiu-se entre nós em um extremoso defensor dos pequeninos e dos oprimidos, e um terrível adversário de todas as campanhas que precederam à proclamação do novo regime, fazendo ardorosa propaganda pela imprensa.
Quando na tarde de 15 de novembro de 1889 foi divulgado o telegrama de Augusto Vinhas que anunciava a queda da monarquia, e que o povo em massa se dirigiu à Câmara Municipal na reunião ali feita para o fim de destituir autoridades e formar um Conselho Administrativo, foi ele um dos aclamados para esse fim. Com os seus companheiros, Drs. Antônio Francisco Ribeiro e Nilo Peçanha, dirigiu uma proclamação aos campistas.
Proclamada a República, Pedro Tavares foi nomeado governador do Maranhão, e pouco depois deixou por divergências com o governo provisório.
Sobre Pedro Tavares, escreveu Múcio da Paixão: "Desde a correção com que escreve a nossa língua pela qual tem um acendrado culto, até a preocupação pela feitura material da folha, Pedro Tavares revelava- se um jornalista completo, conhecedor como poucos do seu nobre ofício, exercendo-o garbosamente."
“Homem de talento e de energia, possuindo um caráter sem jaça; insubmisso por temperamento e por índole; adversário declarado e intransigente de todas as patifarias; Pedro Tavares teve de sustentar lutas ciclópicas, contra as dissoluções de seu tempo, desde o momento em que empunhando uma pena, - clava formidável em suas hábeis mãos, ou usando da palavra.”
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).