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Inácio de Moura (patrono)


Nasceu em Campos no ano de 1875, onde fez o curso preparatório no Liceu de Humanidades de Campos, e desde os tempos de estudante compôs muitos versos e artigos. Em 1897, formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

 

Sobre Inácio de Moura, o estudioso biógrafo Latour Arueira diz: "Ao tempo de Inácio de Moura não havia residentes, internos, acadêmicos fugindo de doutores, bolsas de estudos, tudo rendendo dinheiro e gerando greve. O estímulo da servidão à arte de curar era a certeza da afirmação de Miguel Couto de que 'a medicina é a profissão do sofrimento'. "E, assim não perguntava o médico quem era o doente, mas onde estava o doente.”

 

Além de renomado cirurgião, era poeta, jornalista e orador. Durante muitos anos colaborou no Monitor Campista, mas foi a revista 'A Aurora" que contou com uma extensa e brilhante colaboração poética de Inácio de Moura. Foi essa a fase mais fecunda e operosa de seu formoso espírito literário.

 

Acompanhando todos os passos de Inácio de Moura, pois foi seu contemporâneo e seu principal biógrafo, Múcio da Paixão, seu amigo, preferia o poeta ao jornalista. E para elogiar suas qualidades de artista, usa palavras que igualmente encerram um gostoso lirismo. Diz: "No campo aromal da poesia é onde está mais à vontade o talento literário de Inácio de Moura, que demonstra uma radicada e funda organização poética. Há na sua lira, uma feição peculiar que lhe assinala um lugar de destaque, é a originalidade de poetar, que o torna inconfundível, não se parecendo com nenhum outro poeta conhecido.

 

Produziu muito e três livros poderia ter deixado publicados, como testemunhos de sua medicina, do seu jornalismo e da sua poesia.

 

Foi fundador e o primeiro presidente da nossa Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia.

 

Inácio de Moura viveu todas as facetas de sua vida sem deixar que um dever ou uma obrigação interferisse na outra. Enquanto poeta ou jornalista não abandonou a nobre missão de médico. Soube como poucos acompanhar o progresso da ciência. Era considerado uma das figuras do nosso meio cientifico e ocupou, no Estado do Rio, vários cargos públicos de grande responsabilidade.

 

Faleceu no ano de 1926.

 

Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).

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