Nasceu em 1750 e veio a falecer em 1827.
Mais um patrono da Academia Campista de Letras que não nasceu em Campos, e sim na então Vila de Santos, Capitania de São Vicente (São Paulo).
Seguiu a carreira militar. Em 1801, torna-se coronel; em 1808, brigadeiro de artilharia; 1814; marechal de campo graduado; 1819, tenente general graduado; finalmente, em 1821, tenente general. Foi eleito pela Província de São Paulo membro do conselho de procuradores das províncias em 1822. Da mesma forma ganhou o cargo de suplente, por São Paulo, na dissolvida Assembléia Constituinte de 1823.
Profundo conhecedor da cartografia. Segundo Laurênio Lago, coube-lhe traçar várias Cartas do Rio Grande do Sul. Tudo indica que produziu dois mapas do Distrito de Campos dos Goitacás, em 1785. Para explicar o mapa, redigiu ele a Descrição Geográfica, Política e Cronográfica do Distrito dos Campos dos Goitacás.
O professor e renomado ecologista Arthur Soffiati por ter utilizado do seu manuscrito sobre o Distrito de Campos dos Goitacás em sua dissertação de mestra- do, saiu à procura de outros trabalhos do autor. E diz: "Localizei ainda três manuscritos de sua autoria na Biblioteca Nacional. O primeiro sobre a aculturação dos povos indígenas que habitavam o vale do rio Paraíba do Sul e seus tributários, sobre a navegação do mesmo rio e sobre o aproveitamento das matas nativas. O segundo sobre a necessidade de conferir maior precisão às cartas geográficas. Finalmente, o terceiro retorna à Real Fazenda de Santa Cruz."
Ainda sobre Couto Reis, Soffiati comenta:
"Ilustrado e humanista, o infante revelou, nos seus escritos, uma atenção acurada por assuntos os mais diversos. Conquanto sua especialidade fosse a representação e a descrição do espaço, seus interesses voltaram-se para a flora, para a fauna, para os povos nativos, para os escravos de origem africana e para os colonos neo-europeus.
Notável, acima de tudo, neste cartográfico, é a sua capacidade aguda de observação, as suas anotações pormenorizadas em seus mapas e relatórios, a pletora de informações com que contempla governo colonial e metropolitano.”
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).