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Obertal Orestes Cardoso Chaves (patrono)

Nascido em Campos, a 4 de abril de 1884, onde aprendeu as primeiras letras e fez o preparatório. Aos 21 anos de idade, formou-se em Direito e Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Estado de São Paulo.

 

Obertal Chaves era casado com Odeta, filha do Dr. José Nunes Siqueira e de Ana Maria Pereira Siqueira. Deste consorcio, nasceram: Cássio, Laert, Obertal e Ivonne.

 

Os Chaves foram, sobretudo, homens inteligentes pouco apegados às coisas materiais, espíritos boêmios e criaturas solidárias em todos os momentos da existência, em razão da nobreza dos sentimentos que almejaram.

 

Entre os Chaves, sempre houve uma tradição de intelectualidade.

 

Obertal Chaves, poeta e advogado (foi promotor público da Comarca de Campos), emprestou seu nome a uma cadeira da Academia Campista de Letras. É autor do célebre soneto "Tuberculosa". Conviveu, por muito tempo, com o Dr, Inácio de Moura, poeta, médico e jornalista, como Obertal também o era.

 

Letelbe Barroso e Eydher Pestana ocuparam, na Academia Campista de Letras, a cadeira de Obertal Chaves.

 

Em 1932, achava-se em Nova Friburgo quando faleceu. Na ocasião, ocupava o cargo de Curador de Menores da Comarca de Campos.

 

Em 1940, o então prefeito de Campos, Dr. Mario Pinheiro Mota, sobre o seu túmulo fez erguer um belo mausoléu, em cuja inauguração, além de vários oradores, usou da palavra o seu filho e poeta Laert Chaves.

 

Assim termina o seu emocionante discurso: "Foi mais feliz que o humilde orador que agora lhe rende o preito de sua estima e de sua saudade. Bem mais feliz, porque a dúvida vive em mim como um pássaro que despedaçassem as suas asas longe, bem longe do seu ninho. Encerrando, eu encaro as trevas lá de baixo e vislumbro as luzes lá do alto e busco ainda no poeta incontentado a imagem consoladora:

 

E sai para ver a natureza

Em tudo o mesmo abismo de beleza

Nem uma névoa no azulado véu

Mas pareceu-me entre as estrelas floreas

Como Elias n'um carro azul de glorias

Ver a alma de meu pai subindo ao céu."

 

Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).

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