Nasceu em Campos, em 11 de junho de 1872.
Nunca passou do curso primário. Toda a sua obra é fruto apenas de sua rara inteligência, das suas qualidades de homem esforçado e trabalhador. Começou a trabalhar muito cedo, como simples auxiliar de escritório e, mais tarde, passou a trabalhar nos cartórios dos tabeliões da cidade, fazendo anotações, redigindo textos legais etc.
Ainda bem jovem, já trabalhava na imprensa. Foi um extraordinário autodidata que dominou inclusive as letras, pela sua apurada inteligência.
A publicação da “A Aurora" é uma prova de sua inteligência.
Múcio da Paixão, seu contemporâneo, no seu livro Movimento Literário em Campos, diz: "Teófilo Guimarães publicou em sua revista uma grande quantidade de crônicas, contos, variedades, fantasias, versos e um longo estudo sobre a Imprensa Campista. Foi, sem constatação o seu maior colaborador."
Em 1896, estreou na grande publicidade, dando à estampa uma curiosa notícia rápida da nossa cidade, sob o título "Campos". É constituído esse opúsculo das impressões pessoais recebidas pelo autor, durante um período de 15 anos (1880-1895). Narra o aparecimento do primeiro engraxate, em Campos, acontecimento de grande importância social; enumera os vates que estavam em maior destaque; os horrores da enchente de 82, a inauguração da luz elétrica; os primórdios da campanha abolicionista; a terceira viagem do Impera- dor a estas paragens etc.
A maior obra de Teófilo Guimarães, pela intensidade e pelo brilho, foi "A Aurora", e, na opinião do nosso acadêmico Waldir Pinto Carvalho, "ainda hoje as amarelecidas página de ‘A Aurora’ são compulsadas pelas mãos de quem tem a ventura de possuir alguns dos seus exemplares. Jamais, em momento algum, deixou de ser poeta. Cantou a beleza das mulheres como ninguém. Falou de flores, falou da natureza, como todos os bons cultores das rimas.”
Faleceu no ano de 1927.
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).